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Foto: Divulgação |
Essa linda saudação sempre usada no circos não é levada em consideração em São Gonçalo. O teatro municipal está aí pronto, e durante todo processo de construção sofreu inúmeros questionamentos, ainda sofre e sofrerá, pois é, de fato, necessário. Infelizmente não existe amparo de nenhum setor que possa, de fato, punir responsáveis de um possível superfaturamento que, em se tratando do governo passado, é bem provável. Se tivesse eu, competência pra tal ato, teria muito prazer de algemar e conduzir o prefeito do governo passado ao complexo penitenciário de Bangu. Não adianta dizer que o dinheiro utilizado não foi dinheiro público, pois a parceria foi feita com o que é público e tudo que for feito para o município é de interesse público, inclusive obras particulares que possam afetar o meio ambiente.
Parafraseando o Eduardo Marinho, 'No Brasil, poder e público parecem não caber na mesma frase', mas aqui entra um porém muito particular, depois da construção consumada eu quero usufruir muito desse teatro, digo enquanto plateia, não é um teatro meu, é um teatro nosso, o nome do teatro é um bom nome. As pessoas que praticam arte tendem a querer mais, me incluo nesse querer.
Nos meus dezessete anos de militância cultural na cidade o que mais sempre quis foi e é plateia de qualidade, que fornece a toda apresentação a energia necessária pra que tudo se torne mais lindo. Esse meu querer tem base e convicção em que tudo que trabalhei de evento nessa cidade foi coisa boa. Boa a que olhos? Perguntarão e eu responderei: aos meus olhos. Conheço o meu crivo e tenho respeito por ele, vejo a reclamação que o teatro é pequeno, mas a oferta de plateia nunca foi de fato um forte em São Gonçalo, então o primeiro passo é provar que precisamos de um teatro maior.
Participei de uma conversa importante sobre a construção do teatro e grandes nomes fizeram a sugestão desse número de cadeiras pro teatro, então vamos seguir em frente com todos os questionamentos e com as inúmeras preocupações de como será a manutenção do teatro, etc. Se os postos de saúde são abandonados, a população é abandonada em diversos aspectos, completamente desassistida, punida com toda ausência do estado, tornando o teatro aos olhos da população algo secundário.
Estamos em São Gonçalo, cidade complexa sob o ponto de vista do poder aquisitivo da população, pro consumo de arte então, particularmente, comemoro a construção do teatro e me preocupo demais com o todo da cidade, inclusive com o abandono do pouco aparato cultural que há na cidade.
Rafael Massoto é Poeta, Compositor e Produtor Cultural.
13 Comentários
Uma gestão eficiente transforma a cultura num chamariz de turistas que gastarão no comércio ao redor. Se tivermos boas atrações nesse palco, seja em espetáculos musicais ou teatrais, atraindo inclusive pessoas de outros municípios, isso refletirá na frequência nos restaurantes e bares em torno.
ResponderExcluirConcordo completamente temos razões pra comemorar e a arte dessa cidade vai muito além do palco desse teatro.
ExcluirBem a questão da cidade não ter público é outro erro das pessoas que ficaram a frente da gestão cultural, a criação de plateia tem que começar na escola, depois de burro velho ninguém vai conseguir arrancar uma pessoa do boteco da esquina, fazê-la largar um copo de cerveja super gelada e colocá-la para assistir a uma peça de teatro, ainda mais num local que não tem um estacionamento próprio, restaurante parece que só tem um próximo. A questão se é dinheiro publico ou privado o dinheiro não pertencia ao Prefeito e sim ao povo, quando você fica sabendo que em Volta Redonda construíram um Teatro com 800 lugares, ar condicionado central, etc. e tal... Tem certeza que houve super faturamento, ninguém esta contra a construção do teatro, a questão é política sim, a má utilização do dinheiro público. Agora é torcer para uma gestão transparente, que essa casa consiga manter a tradição da cidade formar muitos artistas em várias área da cultura!!!
ResponderExcluirPô, Zeca. Não conhece a cidade?
ExcluirTem vários restaurantes no entorno (RodoGrill, Mezzo, Seu Armando, Lacedônia, RodoBeer, Giallo, Emporium Fabeer, etc) Pra guardar o carro, tem 5 estacionamentos pagos e cercados na rua próxima, além do fato de à noite toda a R. Feliciano Sodré ser um grande estacionamento.
O "novo" teatro de Volta Redonda "na verdade será uma reinauguração, o teatro original do CAC que já existia no mesmo local foi demolido anos atrás devido a problemas na estrutura." O Teatro Maestro Franklin de Carvalho Junior funcionará dentro do Colégio Getúlio Vargas, com saída para a rua.
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirAlexandre Martins às vezes estou cansado pra responder então economizo o meu vocabulário.
ExcluirAlexandre Martins eu sinto que o Zeca Pinheiro nem o texto ele leu bem então complica depois do texto eu ainda ficar dando explicações não sou um cara lido esse texto marca a minha estreia no blog irmão não tenho forças pra responder uma opinião que mostra completo desconhecimento do assunto eu fico agradecido por você ter sido tão didático com ele.
ExcluirObrigado pela leitura Zeca Pinheiro mas é apenas um texto e não um guia de como utilizar o teatro até porque nem me preocupo com quem vai pro teatro pra depois ir pro Rodo Grill o seu comentário subestima a minha ideologia que você não é obrigado a conhecer.
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns, Massoto!
ResponderExcluirO melhor artigo e a mais sensata opinião sobre nosso Teatro que já li até agora.
Concordo em gênero, número e grau.
Obrigado meu amigo Alexandre Martins estou começando nessa missão aqui no blog vou me esforçar pra honrar o seu imenso apoio não sou um profissional dos textos mas estou tendo essa oportunidade que me foi dada pelo Claudionei então vou me empenhar o máximo.
ExcluirParece que não conheço mesmo não Alexandre, mais você como defensou desta obra fenomenal deve conhecer bem, claro que ficará para a História sem dúvida, a questão não é a obra em si, mais a grana vultuosa pra construí-la que daria para no mínimo 3, mais como a cidade é carente qualquer construção atenderiam aos interesses como o Alexandre que quer um Palco para ver seu excelente festival deslanchar de vez! Outros um palco para brilhar e decantar na música, na dança e por último a mais nobre arte da interpretação, todos tem lá suas razões fico aqui com a minhas indagações e pedindo políticas públicas reais pra nossa cidade, como um cachorro na rua implorando por um pouco de ração!!!!
ResponderExcluirExcelente texto Massoto, eu particularmente acho uma afronta um teatro municipal com menos de 1.000 lugares para uma cidade com mais de 1 mi de habitantes. Se houvesse boa intenção mesmo, fariam o Teatro com esse número e um anexo com 100 lugares para comportar eventos menores assim come é a sala Guiomar Novaes. Precisamos desse aparelho cultural para ontem, mas depois que vi um caveirão chegando com um papai Noel ovacionado pela população, começo a crer que a necessidade de acesso a cultura esteja para além do teatro, por mais que este seja a porta para o esclarecimento e transcedência do ser.
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