Foto: Ricardo Precioso |
Na ocasião, eles foram recebidos pelo procurador-geral do município, Vitor Marcelo, e pelos secretários de Administração, Guilherme Solé, de Planejamento, Rômulo Tarouquella, e de Fazenda, Eduardo Combat. A chefe de gabinete, Isabele Gabriel, também participou. E não esconderam a surpresa em serem recebidos na primeira semana de governo.
“Essa disposição do governo em nos receber é inédita, ainda mais sendo pelo primeiro escalão do prefeito. Ainda não encontraram uma solução sobre os atrasos nos salários, mas se colocaram à disposição para nos reunirmos até que seja resolvido”, afirma Rosângela Coelho, Presidente do sindicato.
De acordo com o procurador-geral, Vitor Marcelo, “essa situação na qual São Gonçalo se encontra é muito complexa, porque há demandas prioritárias em vários níveis. Para os servidores, o mais importante é receber seus salários atrasados. Em contrapartida, o cidadão que não é servidor cobra outras ações, que julga prioridade, como a coleta do lixo, a geração de emprego e renda, entre muitas outras questões”, avaliou.
A reunião girou, exclusivamente, em torno da questão salarial, e serviu para que o governo passe a ter uma visão geral sobre o problema. “Muita gente está em depressão por não conseguir pagar suas contas e garantir o sustento das suas famílias. Essa situação vai muito além da questão financeira, hoje ela influencia no lado psicológico dos servidores e estamos muito preocupados”, diz Rosângela Coelho.
A presidente e o representante do jurídico, dr. Alexandre Reinol, lembraram que há uma decisão judicial de arresto/bloqueio das contas em andamento para o pagamento do 13º e caso não seja pago amanhã os salários de dezembro, não haverá outra alternativa senão o pedido na Justiça de nova ação de arresto na próxima segunda-feira (9).
O secretário de Administração, Guilherme Solé, garantiu que nessa primeira semana de trabalho, toda equipe está concentrada em pagar os servidores. “Estamos buscando criar mecanismos para aumentar a arrecadação e enxugar os gastos para tornar a administração mais ágil e eficiente”, garantiu.
Os esforços para quitar os salários atrasados estão refletindo em toda gestão da prefeitura. “Na busca por saídas, também estamos analisando os contratos em vigência com o objetivo de reduzi-los. Dessa forma, estamos chamando os credores do município para conseguir diminuir os gastos e aplicar os recursos nas áreas mais necessitadas, como o pagamento dos salários”, disse o secretário de Planejamento e Projetos Especiais, Rômulo Tarouquella.
A dívida atual do governo com a folha salarial soma R$ 12 milhões referentes ao 13º, além de R$ 22 milhões (salário de dezembro) e mais R$ 6 milhões relacionados a encargos.
Satisfeitos com a disponibilidade do governo, os representantes do Sindspef saíram da reunião com o comprometimento de serem recebidos uma vez por semana para discutir soluções, até que os salários estejam em dia. Na próxima semana, o prefeito José Luiz Nanci irá recebê-los.
Amanhã será feita reunião de governo com todo o secretariado e só após este encontro será possível dar uma resposta conclusiva acerca dos pagamentos do 13º e dos salários de dezembro. Após esta reunião, o Sindspef será informado.
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